PREVALÊNCIA DE CÁRIE EM CRIANÇAS DE HERVAL D’OESTE SUPERA EXPECTATIVAS

Betina Ceconello

Silvana Perotoni

 

Os profissionais odontólogos do município de Herval d’Oeste (SC) realizaram um estudo nos meses de abril e maio de 2014. para levantar dados da situação dental, com relação à cárie de escolares com idade de 12 anos deste município.

Este estudo examinou através de um levantamento epidemiológico a condição dental de 220 crianças das escolas do perímetro urbano, com o objetivo de conhecer a prevalência e a severidade da cárie dental.

Foram utilizados os critérios e códigos da Organização Mundial de Saúde (OMS), para verificar a condição dental.

A Organização Mundial de Saúde e a Federação Dental Internacional estipularam como meta para o ano de 2010, que as crianças de 12 anos tivessem um índice de CPO-D (dentes cariados, perdidos e obturados) menor que 1.

Das 220 crianças examinadas no município, 104 o equivalente a 47,3% da população total pesquisada é do sexo feminino e 116 (52,7%) do sexo masculino.

Os resultados revelaram que 128 alunos não apresentam cárie, ou seja a maioria da população examinada 58,2% tem índice CPO-D correspondente a zero, e 92 alunos o congruente a 41,8% apresentam história de dente cariado.

O CPO-D médio dos estudantes de 12 anos de Herval d’Oeste em 2014 é de 0,83, o que revela uma prevalência de cárie muito baixa de acordo com a escala de severidade de cárie preconizada pela OMS.

Em um estudo semelhante realizado no mesmo município no ano de 2001 também com escolares com idade de 12 anos, apresentou índice CPO-D de 1,37 considerando uma prevalência de cárie baixa. 

Logo, podemos concluir que nos 13 anos decorrentes da primeira pesquisa, o índice CPO-D médio dos escolares de 12 anos baixou 39,42%.

Corroborando ao estudo, o índice CPOD médio do Brasil para escolares de 12 anos em 2010 ficou em 2,7 revelando a prevalência de cárie moderada. 

Quadro 1. Escala de medida de severidade do ataque de cárie aos 12 anos de idade, a partir da utilização do índice CPO-D, segundo a Organização Mundial de Saúde.

PREVALENCIA DE CARIE CPO-D
< 1,2 MUITO BAIXA
1,2 – 2,6 BAIXA
2,7 – 4,4 MODERADA
4,5 – 6,5 ALTA
> 6,6 MUITO ALTA

 (Fonte: Pinto, 1999)

 A Equipe de Saúde Bucal vem trabalhando intensamente para que a cada ano se perceba uma melhora na saúde bucal dos seus munícipes, entre as ações planejadas estão trabalho intensificado junto ao Programa Saúde na Escola, adultos e idosos do município, ampliando a oferta dos serviços, bem como  a distribuição de insumos que venham garantir a correta higiene bucal.  

REFERÊNCIAS PINTO, V. G., 1999. Epidemiologia das doenças bucais no Brasil. In: ABOPREV Promoção de Saúde Bucal (L. KRIGER, orgs), pp: 29-41, São Paulo: Artes Médicas.